Novo livro da investigadora do Centro de História, Maria da Graça A. Mateus Ventura, Por Este Mar Adentro. Êxitos e Fracassos de Mareantes e Emigrantes Algarvios na América Hispânica. Publica a Tinta-da-china e encontra-se disponível na página da editora. Sinopse Ao longo do século XVI e durante toda a União Ibérica, a fronteira algarvia manteve‑se permeável, fruto da mobilidade partilhada por algarvios e andaluzes. Legal ou ilegalmente, a gente do mar do Algarve participava na Carreira das Índias Ocidentais, fornecendo barcos, apetrechos, mão de obra qualificada e abrigo para as armadas da Guarda. Quando o Atlântico se abriu ao mundo e se tornou um circuito de mercadorias e de pessoas das mais variadas condições e ideias, os algarvios aventuraram‑se mar adentro, participando activamente na construção da modernidade e no processo de globalização. Por Este Mar Adentro recupera os percursos de vida dos protagonistas deste fluxo migratório e ressitua historicamente o Algarve na dinâmica económica do espaço atlântico. |
ApresentaçãoO tempo que vivemos é simultaneamente marcado por um processo de mundialização de longa duração e por resistências a esse processo que fomentam fragmentações nacionais e regionais. Acentuam-se interdependências, afirma-se uma consciência cosmopolita, esbatem-se fronteiras. Mas há fortes movimentos de sinal contrário que se traduzem em nacionalismos étnicos e radicais, xenofobia, levantamento de fronteiras, exclusões. Neste contexto os tópicos que nos propomos debater em múltiplas perspectivas – histórica, sociológica, antropológica – assumem o maior interesse. Fronteiras delimitam territórios, também simbolicamente. Separam mas também unem: em certas regiões fronteiriças periféricas em relação ao estado central, há intensa circulação de mercadorias, de pessoas, de ideias. São regiões em que trocas culturais, fenómenos de osmoses e hibridismos linguísticos, étnicos, religiosos se tornam evidentes. Noutros casos, há regiões de fronteira despovoadas e esquecidas. Noutras ainda, erguem-se muros. Estudar fronteiras e periferias não implica só convocar casos específicos de áreas geográficas e territórios dependentes administrativamente de poderes regionais ou locais. Interessa estudar políticas de transporte e comunicações, o impacto de contrabandos, movimentos migratórios e de refugiados, circulação de exilados. Há regiões periféricas que se tornam centros de grande dinamismo cultural e económico. Se há fronteiras entre regiões, não devem esquecer-se entre grupos sociais, interesses económicos, ideários políticos, linguagens socialmente condicionadas, fronteiras entre mentalidades. Mas há também fronteiras entre disciplinas, departamentos, modos de ver o mundo, conceptualizações identitárias anacrónicas que por vezes espartilham a realidade e reduzem a complexidade dos problemas humanos. Convocando uma geografia alargada, pretende-se neste primeiro encontro privilegiar o espaço atlântico, envolvendo a Europa e a África, sem esquecer o Mediterrâneo. Programa
Já se encontram disponíveis as datas para chamadas de artigos e de painéis, bem como outras informações relevantes para a IV Conferência Internacional Activisms in Africa, a realizar-se dias 25, 26 e 27 de Janeiro de 2023.
O Centro de História é uma das instituições parceiras. Magdalena Bialoborska, investigadora integrada do CH-ULisboa está no Comité de Organização e no Científico; e Augusto Nascimento, investigador do CH-ULisboa e professor da FLUL, no Comité Científico.
No ano em que se assinala meio milénio sobre a morte do rei D. Manuel I, o Centro de História da Universidade de Lisboa, a EGEAC/Castelo de São Jorge, o Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém, e a Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos, organizam um CICLO DE SEMINÁRIOS que pretende promover o debate em torno de aspetos ligados à cultura, à ciência, à religião e à arte no Portugal manuelino, tendo por horizontes os conceitos de encontro e desencontro.
A terceira sessão, que decorrerá no próximo dia 15 de dezembro de 2021 (4.ª feira), às 17:30, no Mosteiro dos Jerónimos, contará com a presença da Doutora Dalila Rodrigues e do Doutor José Manuel Fernandes, tendo por moderador o Doutor Luís Urbano Afonso - todos eméritos especialistas no tópico cultura material no tempo de D. Manuel I. Tendo por mote a declaração expressa por Damião de Góis na crónica manuelina a propósito do legado do monarca - « Obra a que nenhuma de quantas ha em toda Europa faz avantagem» - serão explorados, de forma livre e fluída, os mecanismos simbólicos de poder que encontraram expressão na cultura material durante o reinado tempo e tempo de governação de D. Manuel I.
|
Candidaturas abertasPrograma Interuniversitário de Doutoramento em História: mudança e continuidade num mundo global (PIUDHist) 2023-2024
Bolsa de Doutoramento Pedro Almeida Ferreira - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa Chamadas / CallsCiclo de Seminários
2023-2024 Caminhos da Historiografia: História e Ciências Sociais dos anos 40 à atualidade Prazos: 25 de Abril e 31 de Julho ExposiçõesCiclos CH-ULisboaNewsletter CH-ULisboaSubscreva a nossa newsletter
Filtros
|