Joana Gaspar de Freitas fará a moderação do seminário "Vanishing Coasts", que ajudou a organizar, do Institute of Historical Research. O seminário decorrerá online, mediante inscrição, no próximo dia 25 de Fevereiro, às 19:00 GMT. Mais informações |
Apresentação "La pure répétition, ne changeât-elle ni une chose ni un signe, porte puissance illimitée de perversion et de subversion." Jacques Derrida À continuidade pela repetição atribuiriam os latinos da época clássica a designação de traditio, tradere, com o sentido de "entregar", "passar adiante" aquilo que deveria continuar, sinónimo de renovare, isto é, "repetir", "refazer", "repor"; o nouo e a nouitas designavam a novidade e de certo modo a inovação, numa pluralidade de sinónimos. Esses termos chegariam depois ao galaico-português, ao português e ao castelhano, evoluindo ao longo dos tempos, mas mantendo a sua unidade de sentido. Aquilo que entendemos, no século XXI, por repetição e inovação é, no entanto, simultaneamente próximo dessas utilizações e também já algo distinto. Utilizar estes conceitos, partindo do sentido que hoje lhe atribuímos, para pensar a Idade Média, será, por isso, entrar no domínio do anacronismo? Ou será antes uma forma válida de interrogar uma época com ferramentas que não lhe são totalmente estranhas? Podemos, no entanto, falar de uma repetição pura e de uma tradição que ignore todo e qualquer elemento novo? Ou, no sentido inverso, de uma inovação pura, uma novidade, que possa ter ignorado tudo o que a antecedeu? Poderão caminhar ou ter caminhado lado a lado na história do Homem? De que formas interagiram e permitiram a mudança? São estas questões, entre outras, que alimentarão as webtalks "Non nova sed nove?" Repetir, inovar e regredir na Idade Média, série de diálogos entre especialistas do período medieval que terá uma periodicidade mensal. A segunda sessão terá lugar via Zoom, no próximo dia 16 de Março, pelas 18 horas, e terá como tema as noções de repetição, inovação e regressão no âmbito da Escolástica e dos Rituais Universitários. Para tal, contaremos com a participação do Professor Doutor Hermenegildo Fernandes (CH-ULisboa) e do Professor Doutor Armando Norte (CH-ULisboa). Comissão Científica
Hermenegildo Fernandes (CH-ULisboa/FL-UL) Hermínia Vilar (CIDEHUS-UÉ) Comissão Organizadora José Simões (CIDEHUS-UÉ/PIUDHist) Rui Rocha (CH-ULisboa/PIUDHist) Instituições Organizadoras Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-ULisboa) Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades (CIDEHUS)
A professora Irina Gvelesiani, da Universidade de Tbilissi, apresentará dois seminários sobre a Geórgia contemporânea, no âmbito do ciclo de seminários de Estudos Europeus, O primeiro, a 4 de Fevereiro, às 17 horas, centrar-se-á na análise das dinâmicas históricas e linguísticas ocorridas na Geórgia num âmbito temporal compreendido entre o final da Segunda Guerra Mundial e a queda do Muro de Berlim. A mesma temática terá continuidade na segunda sessão, a 11 de Fevereiro, às 17 horas, analisando-se a realidade georgiana pós-Guerra Fria com particular incidência na evolução política, económica e social do país bem como nas relações diplomáticas com a Rússia, os estados-membros da União Europeus e os Estados Unidos da América.
APRESENTAÇÃO DO CICLO Vivemos um tempo marcado por movimentos de sinal contrário: uma cultura-mundo homogeneizadora e uniformizadora num quadro global em que interdependência económica e tecnológica se acentuam; e por outro lado, a afirmação de nacionalismos radicais, fundamentalismos religiosos e autoritarismos políticos. Neste contexto, renovam-se legítimos combates em nome de direitos cívicos de minorias, da cor da pele, da política, da classe, da religião, do local/regional ou do género ou da orientação sexual, com expressão em afirmações políticas e estratégias de memória, do Estado ou de iniciativa de cidadãos. Estas polarizações interpelam as ciências sociais e dão lugar a debates em que se confrontam visões do mundo e conceitos como memória, história e identidade, usados de forma nem sempre isenta de equívocos e ambiguidades. E no senso comum, confundindo memória e história, distinção que sempre importa ter em consideração. Estratégias memoriais do Estado ou da iniciativa de grupos podem ser observadas através de um conjunto muito variado de fontes: não apenas no vocabulário político e social presente numa pluralidade de documentos, mas em suportes materiais que vão da musealização de edifícios emblemáticos às artes plásticas (incluindo estatuária urbana) e à toponímia, passando pelas artes do espectáculo (cinema, teatro, dança), medalhas e selos, ritualizações do passado associadas ao comemorativismo histórico, etc. Adoptando um ponto de vista crítico em relação a conceptualizações e classificações redutoras, pretende o CH aprofundar uma reflexão historicamente fundamentada sobre políticas de memória e esquecimento em momentos históricos precisos, em torno de 3 grandes tópicos: Memórias de ditaduras e transições para a democracia; Memórias de impérios (período colonial e descolonização); e Heranças culturais e memórias sobre a formação de Portugal. Grupos de Investigação Cultura e Sociedades de Encontro Usos do Passado I SESSÃO MEMÓRIAS DE DITADURAS E TRANSIÇÕES PARA A DEMOCRACIA
II SESSÃO MEMÓRIAS DE IMPÉRIOS (PERÍODO COLONIAL E DESCOLONIZAÇÃO)
III SESSÃO HERANÇAS CULTURAIS E MEMÓRIAS SOBRE A FORMAÇÃO DE PORTUGAL
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Candidaturas abertasPrograma Interuniversitário de Doutoramento em História: mudança e continuidade num mundo global (PIUDHist) 2023-2024
Bolsa de Doutoramento Pedro Almeida Ferreira - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa Chamadas / CallsCiclo de Seminários
2023-2024 Caminhos da Historiografia: História e Ciências Sociais dos anos 40 à atualidade Prazos: 25 de Abril e 31 de Julho ExposiçõesCiclos CH-ULisboaNewsletter CH-ULisboaSubscreva a nossa newsletter
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