XIII conferência do ciclo de seminários de Estudos Europeus 29 de Abril de 2021, às 17h00 Rivoluzioni del 1820-21: crisi e messa in crisi dei processi di legittimazione nel caso italiano Professora Renata de Lorenzo (Universidade Frederico II, de Nápoles) (Presidente da Societá Napoletana di Storia Patria) Link: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/84160589521 ID da reunião: 841 6058 9521 Descarregar cartaz Organização António Ventura e Teresa Nunes |
Resumo: A Restauração trouxe de regresso ao trono do reino de Nápoles, chamado Reino das Sicílias, um rei Bourbon forçado a fugir em 1806, devido ao avanço das tropas napoleónicas. Após cinco anos de relativa tranquilidade, insurreições revolucionárias abalaram o território italiano, tanto em Nápoles quanto no reino da Sardenha, governado pela dinastia Sabóia. O exemplo dos países ibéricos, Espanha e Portugal, influenciou estes acontecimentos, porém não se tratou de uma mera imitação dos pronunciamentos de Rafael de Riego e Antonio Quiroga, no início de 1820, ou dos soldados que se insurgiram na cidade do Porto. As revoltas revolucionárias na Itália revelaram quanto a Restauração não constituiu a solução para a crise do mundo napoleónico, antes minou o novo equilíbrio, com o qual se iludiu para interpretar a legitimidade, sem atender às mudanças irreversíveis ocorridas em toda a Europa entre o final do século XVIII nos primórdios da centúria seguinte.
«La pure répétition, ne changeât-elle ni une chose ni un signe, porte puissance illimitée de perversion et de subversion.» Jacques Derrida À continuidade pela repetição atribuiriam os latinos da época clássica a designação de traditio, tradere, com o sentido de «entregar», «passar adiante» aquilo que deveria continuar, sinónimo de renovare, isto é, «repetir», «refazer», «repor»; o nouo e a nouitas designavam a novidade e de certo modo a inovação, numa pluralidade de sinónimos. Esses termos chegariam depois ao galaico-português, ao português e ao castelhano, evoluindo ao longo dos tempos, mas mantendo a sua unidade de sentido. Aquilo que entendemos no século XXI por repetição e inovação é, no entanto, simultaneamente próximo dessas utilizações e também já algo distinto. Utilizar estes conceitos, partindo do sentido que hoje lhe atribuímos, para pensar a Idade Média será, por isso, entrar no domínio do anacronismo? Ou será antes uma forma válida de interrogar uma época com ferramentas que não lhe são totalmente estranhas? Podemos, no entanto, falar de uma repetição pura e de uma tradição que ignore todo e qualquer elemento novo? Ou, no sentido inverso, de uma inovação pura, uma novidade, que possa ter ignorado tudo o que a antecedeu? Poderão caminhar ou ter caminhado lado a lado na história do Homem? De que formas interagiram e permitiram a mudança? São estas questões, entre outras, que alimentarão as webtalks «Non nova sed nove?» Repetir, inovar e regredir na Idade Média, série de diálogos entre especialistas do período medieval que terá uma periodicidade mensal. A terceira sessão terá lugar via Zoom, no próximo dia 20 de Abril, pelas 18 horas, e terá como tema as noções de repetição, inovação e regressão no âmbito da Religiosidade e Espiritualidade. Para tal, contaremos com a participação do Professor Doutor João Luís Inglês Fontes (IEM-NOVA FCSH) e da Professora Doutora Clara Almagro Vidal (Goethe-Universität Frankfurt am Main).
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Candidaturas abertasPrograma Interuniversitário de Doutoramento em História: mudança e continuidade num mundo global (PIUDHist) 2023-2024
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